Blog de Maria Elisa Castellanos Solá. Sobre o Homem, o Ser, a Sociedade, as Circunstâncias e o Futuro. Um arquivo pessoal de caráter multidisciplinar que compartilho com o público.
sábado, 29 de novembro de 2014
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
O corrupto não é ladrão: ele mata e mutila vidas: assassinos.!!
A corrupção assassina - Renato Janine Ribeiro
É errado chamar um político de ladrão. O que ele faz é pior.
Mata doentes e mutila a esperança de melhorar a vida
Já escrevi aqui sobre a corrupção, porém não gosto de me repetir, nem de me limitar à indignação. Mas vale a pena, no curso das operações Lava-Jato e Juízo Final, firmar alguns pontos fundamentais.
Primeiro: "república" é coisa pública, bem comum. A conduta mais
antirrepublicana que há é vulnerar, atacar, destruir o bem comum. Ou
seja, nada é mais inimigo da república do que a corrupção, que privatiza
ilegalmente o que pertence a todos. É um erro, que devemos à escola,
pensar que o contrário da república é a monarquia. Distinguir repúblicas
e monarquias é coisa do século XIX, quando estas últimas eram o que
hoje chamamos de ditaduras.
Desde a vitória dos Aliados na II Guerra Mundial, quase todas as monarquias são constitucionais. As monarquias escandinavas visam mais o bem comum do que muitas "repúblicas" do resto do mundo. Devolvamos à República seu sentido forte: há república quando se visa o bem comum. Ser contra a república não é questão de opinião, de achar bonito um rei. É crime, é praticar atos desviando de sua finalidade o viver em comum.
Segundo: na América Latina nos acostumamos ao patrimonialismo, uma das versões ibéricas do que hoje chamamos corrupção. Consiste em o governante tratar a coisa pública como se fosse seu patrimônio privado. Toda confusão do público e do privado, quando favorece o detentor do poder político, vai dar em patrimonialismo. Por exemplo, se um governante usa os carros oficiais para transportar familiares (a não ser que haja razões claras, consensuadas, de segurança para tal). Nossos governadores e presidente, que moram em palácios e não gastam nem com a comida ou a roupa, dão exemplo disso. Mas este é só um detalhe.
Porque, terceiro: não é verdade que "somos todos corruptos". Não somos, não. Estou convencido de que a grande maioria é honesta. Não vamos desresponsabilizar os corruptos por sua corrupção dizendo que ela pertence à "cultura brasileira". Nossa sociedade pode ser um tanto leniente com isso, mas mesmo isso está mudando. Já comentei aqui a modelo que contou à "revista Trip" que usava sua beleza para não levar multas dos guardas. Falou isso num tom de flerte, mas mesmo assim os leitores caíram matando. Nossa leniência diminuiu muito, e isso é ótimo. Também temos mais informações sobre desvios de dinheiro, além de menos tolerância por isso.
Quarto, talvez mais importante: não é verdade que todos os atos de corrupção se equivalem. Sim, é errado agradar o policial ou o atendente, mas montar um "clube" para furtar centenas de milhões de dólares da Petrobras é coisa muito diferente. Não é apenas uma questão de tamanho. É uma diferença de concepção. Os pequenos erros morais de cada dia não estão na mesma lógica do assalto organizado aos cofres públicos. Precisamos desenvolver este ponto. Suponho que a lógica seja a inversa: não é porque vários corrompem policiais que uns pouquíssimos atacam o erário público. Talvez seja porque esses pouquíssimos roubam tanto que aqueles outros perdem a crença na honestidade, na decência. O que inspira uma cultura ampliada de desistência do bem comum é o mau exemplo dos poucos.
Mas, mais que isso, penso que um grande desafio à ética é: em que a roubalheira dos grandes se distingue dos pecadilhos dos pequenos? Eu mesmo, por enquanto, não tenho resposta completa, e lanço este desafio aos colegas que também trabalham com a ética. Mas penso que precisamos distinguir o furto do bem privado e o desvio do bem público. A ideia de que o corrupto é "ladrão", tão pertinaz em nossa sociedade, se inspira na sua comparação com quem furta indivíduos. Mas as vítimas do corrupto não são individuais, são a sociedade inteira. Daí que, talvez, seja mais correto pensar que eles não se limitam a furtar dinheiro (no caso, público), mas - acima de tudo - impeçam o bom uso desse dinheiro, por exemplo, em saúde, educação, outros serviços essenciais. Impedem que doentes sejam salvos, em hospitais que não deixaram existir ou funcionar. Impedem que crianças e adolescentes sejam educados, em escolas que devido a eles não existem ou não funcionam. Seu crime é contra a vida, que eles abreviam ou mutilam. Abreviada, a vida dos que morrem antes da hora. Mutilada, a dos que vivem mal. Por que não considerar assassinos os corruptos? Pelo menos, no nível simbólico.
Talvez por isso, faça sentido a reforma legal que, na esteira das manifestações de 2013, tornou hediondo o crime de corrupção. Voltarei a este tema no futuro, mas observo que o hediondo, propriamente dito, é uma pessoa ver o sofrimento de outra e ser indiferente a ele, ou até sentir prazer graças a ele. Isso é desumano. Isso é desumanidade. Mas isso só acontece em alguns crimes presenciais - geralmente, crimes cometidos por pobres. Ora, a corrupção é um crime não-presencial; mais que isso: indireto, abstrato. O corrupto não vê a sua frente as crianças desnutridas, as pessoas miseráveis porque privadas de educação, os mortos de doenças curáveis que são vítimas da corrupção. Por isso, a rigor, seu crime não é hediondo.
Mas ele mata mais, muito mais, que o pé de chinelo enlouquecido pela falta de oportunidades e sobra de drogas. O corrupto provavelmente teria pena de sua vítima se a visse, até porque ele não atira nem apunhala. Ele não mata com seus atos, mas com sua omissão. É omitindo comida, remédios e educação que ele chacina. Mas não será um sinal de nosso desenvolvimento moral começarmos a chamar de hediondo também esse tipo de atitude, em que a pessoa pode até ser caridosa no micro, mas - no macro - destrói a república e mata ou mutila vidas?
Renato Janine Ribeiro é professor titular de ética e filosofia política na Universidade de São Paulo.
E-mail: rjanine@usp.br
Desde a vitória dos Aliados na II Guerra Mundial, quase todas as monarquias são constitucionais. As monarquias escandinavas visam mais o bem comum do que muitas "repúblicas" do resto do mundo. Devolvamos à República seu sentido forte: há república quando se visa o bem comum. Ser contra a república não é questão de opinião, de achar bonito um rei. É crime, é praticar atos desviando de sua finalidade o viver em comum.
O corrupto não é ladrão: ele mata e mutila vidas
Segundo: na América Latina nos acostumamos ao patrimonialismo, uma das versões ibéricas do que hoje chamamos corrupção. Consiste em o governante tratar a coisa pública como se fosse seu patrimônio privado. Toda confusão do público e do privado, quando favorece o detentor do poder político, vai dar em patrimonialismo. Por exemplo, se um governante usa os carros oficiais para transportar familiares (a não ser que haja razões claras, consensuadas, de segurança para tal). Nossos governadores e presidente, que moram em palácios e não gastam nem com a comida ou a roupa, dão exemplo disso. Mas este é só um detalhe.
Porque, terceiro: não é verdade que "somos todos corruptos". Não somos, não. Estou convencido de que a grande maioria é honesta. Não vamos desresponsabilizar os corruptos por sua corrupção dizendo que ela pertence à "cultura brasileira". Nossa sociedade pode ser um tanto leniente com isso, mas mesmo isso está mudando. Já comentei aqui a modelo que contou à "revista Trip" que usava sua beleza para não levar multas dos guardas. Falou isso num tom de flerte, mas mesmo assim os leitores caíram matando. Nossa leniência diminuiu muito, e isso é ótimo. Também temos mais informações sobre desvios de dinheiro, além de menos tolerância por isso.
Quarto, talvez mais importante: não é verdade que todos os atos de corrupção se equivalem. Sim, é errado agradar o policial ou o atendente, mas montar um "clube" para furtar centenas de milhões de dólares da Petrobras é coisa muito diferente. Não é apenas uma questão de tamanho. É uma diferença de concepção. Os pequenos erros morais de cada dia não estão na mesma lógica do assalto organizado aos cofres públicos. Precisamos desenvolver este ponto. Suponho que a lógica seja a inversa: não é porque vários corrompem policiais que uns pouquíssimos atacam o erário público. Talvez seja porque esses pouquíssimos roubam tanto que aqueles outros perdem a crença na honestidade, na decência. O que inspira uma cultura ampliada de desistência do bem comum é o mau exemplo dos poucos.
Mas, mais que isso, penso que um grande desafio à ética é: em que a roubalheira dos grandes se distingue dos pecadilhos dos pequenos? Eu mesmo, por enquanto, não tenho resposta completa, e lanço este desafio aos colegas que também trabalham com a ética. Mas penso que precisamos distinguir o furto do bem privado e o desvio do bem público. A ideia de que o corrupto é "ladrão", tão pertinaz em nossa sociedade, se inspira na sua comparação com quem furta indivíduos. Mas as vítimas do corrupto não são individuais, são a sociedade inteira. Daí que, talvez, seja mais correto pensar que eles não se limitam a furtar dinheiro (no caso, público), mas - acima de tudo - impeçam o bom uso desse dinheiro, por exemplo, em saúde, educação, outros serviços essenciais. Impedem que doentes sejam salvos, em hospitais que não deixaram existir ou funcionar. Impedem que crianças e adolescentes sejam educados, em escolas que devido a eles não existem ou não funcionam. Seu crime é contra a vida, que eles abreviam ou mutilam. Abreviada, a vida dos que morrem antes da hora. Mutilada, a dos que vivem mal. Por que não considerar assassinos os corruptos? Pelo menos, no nível simbólico.
Talvez por isso, faça sentido a reforma legal que, na esteira das manifestações de 2013, tornou hediondo o crime de corrupção. Voltarei a este tema no futuro, mas observo que o hediondo, propriamente dito, é uma pessoa ver o sofrimento de outra e ser indiferente a ele, ou até sentir prazer graças a ele. Isso é desumano. Isso é desumanidade. Mas isso só acontece em alguns crimes presenciais - geralmente, crimes cometidos por pobres. Ora, a corrupção é um crime não-presencial; mais que isso: indireto, abstrato. O corrupto não vê a sua frente as crianças desnutridas, as pessoas miseráveis porque privadas de educação, os mortos de doenças curáveis que são vítimas da corrupção. Por isso, a rigor, seu crime não é hediondo.
Mas ele mata mais, muito mais, que o pé de chinelo enlouquecido pela falta de oportunidades e sobra de drogas. O corrupto provavelmente teria pena de sua vítima se a visse, até porque ele não atira nem apunhala. Ele não mata com seus atos, mas com sua omissão. É omitindo comida, remédios e educação que ele chacina. Mas não será um sinal de nosso desenvolvimento moral começarmos a chamar de hediondo também esse tipo de atitude, em que a pessoa pode até ser caridosa no micro, mas - no macro - destrói a república e mata ou mutila vidas?
Renato Janine Ribeiro é professor titular de ética e filosofia política na Universidade de São Paulo.
E-mail: rjanine@usp.br
Utopias e Distopias
A Literatura da Distopia
publicado em artes e ideias por sergio coletto
Detalhe da capa de "A Revolução dos Bichos" (edição da Penguin)
Como vimos no já publicado A Literatura da Utopia, as tentativas de adequação do presente para alcançar uma sociedade perfeita acabaram por desencadear uma desordem na organização racional do mundo. Muitas vezes, fizeram-nos viver submetidos a valores distorcidos e no risco de uma eterna aceitação de fatores hostis que são meio para um fim que parece justificá-los: a perfeição.
Ao perceberem isso, autores como Aldous Huxley e George Orwell resolveram desconstruir os conceitos de utopia existentes. Segundo eles, a moralidade humana não conseguiria seguir uma evolução tão ligeira e, mesmo nos casos em que as sociedades perfeitas são alcançadas, a personalidade corrompida do homem colocaria tudo a perder.
As chamadas distopias podem ser entendidas filologicamente como "utopias negativas". Este neologismo foi cunhado por Gregg Webber e John Stuart Mill num discurso ao Parlamento Britânico em 1868: "É, provavelmente, demasiado elogioso chamar-lhes utópicos; deveriam em vez disso ser chamados dis-tópicos, ou caco-tópicos. O que é comumente chamado utopia é demasiado bom para ser praticável; mas o que eles parecem defender é demasiado mau para ser praticável."
Admirável Mundo Novo (fotograma do filme)
Na literatura, as utopias sempre possuem raízes no presente e são taxadas como o caminho ideal a ser seguido - mesmo que impraticável. Nas distopias, não há qualquer ligação com o presente: partem da utopia já alcançada. Nelas, os problemas atuais seguiram como que camuflados pela perfeição aparente e, a certo momento, eclodem da forma mais bruta. Estes romances geralmente são contados do ponto de vista de um personagem consciente imerso na estupidez coletiva. São explorados recursos como a coerção física e moral, o uso de drogas e robôs e o monopólio do conhecimento, todos agindo de forma direta na contenção social.
A atual idolatria ao gênero literário pode ser explicada pela crescente visibilidade da política esquerdista no âmbito contemporâneo. Vários dos autores desta "escola" foram ativistas políticos da oposição e deixaram claros seus fundamentos no pensamento Marxista. George Orwell, por exemplo, conviveu muito tempo com pobres e operários. Apesar de odiar os conflitos entre os partidos esquerdistas, dizia-se socialista e simpatizante de partidos anarquistas. Conseguiu se tornar um crítico de sua própria ideologia: suas magnum opus são 1984 e A Revolução dos Bichos (O Triunfo dos Porcos, em Portugal); na primeira retrata um regime totalitário que, através de constante supervisão e monopólio da História, constrói uma sociedade coletivista auto-punitiva; no segundo, uma sátira direta ao stalinismo mostra que o governo do Estado sempre será suscetível às fraquezas humanas, desmembradas pelo caráter sedutor do poder.
Admirável Mundo Novo (fotograma do filme)
Outros autores também levantaram questões que hoje se mostram mais presentes do que nunca. Aldous Huxley, autor de Admirável Mundo Novo - escrito num período entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial -, descreveu um futuro hipotético onde estaríamos aprisionados pela obrigação de bem-estar, seja através da divisão social, do uso indiscriminado de drogas reguladoras ou do controle biológico - uma espécie de eugenia. Isso numa época onde tentativas de clonagem e fertilização in vitro não passavam de experiências fracassadas.
Anthony Burguess, em Laranja Mecânica (obra imortalizada no cinema por Stanley Kubrick, em 1971), via, num futuro indeterminado, que a predisposição humana à violência não acompanharia o ritmo da evolução intelectual, o que resultaria num colapso da sociedade e esdrúxulos e impositivos métodos de contenção psicológica desta característica "primitiva" baseados no Método Ludovico, uma espécie de behaviorismo radical levado ao extremo.
Laranja Mecânica (fotograma do filme de Kubrick)
Laranja Mecânica (fotograma do filme de Kubrick)
Ray Bradbury, autor de Fahrenheit 451 (adaptado com louvor por François Truffaut em 1966) formula um futuro onde a principal arma de opressão utilizada pelo Estado é a censura dos livros, o que faz da televisão o único (e manipulado) instrumento de informação e diversão. É um ensaio sóbrio (ainda que fantástico) sobre a censura e os limites entre entretenimento e alienação que meios de comunicação em massa devem respeitar.
Discutir os problemas sociais atuais através de romances satíricos muito bem elaborados foi o recurso que muitos autores utilizaram para chamar a atenção para os problemas que a eterna busca pela sociedade perfeita encara. Os já considerados clássicos da literatura moderna revolucionaram a forma como pensamos, enxergamos e lidamos com o destoamento da utopia para onde a sociedade caminhava. Há quem diga, inclusive, que já estamos inseridos em distopias tais quais nos livros.
Fahrenheit 451 (fotograma do filme de Truffaut)
© obvious: http://obviousmag.org/archives/2011/01/a_literatura_da_distopia.html#ixzz3JzCYeXtF
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O Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira. A marcha forçada sobre os territórios.
“O licenciamento do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira é um
fio que nos leva até o processo decisório do capitalismo brasileiro, que
se internacionaliza subalternamente, mas se internacionaliza”, frisa o
sociólogo.
Modelo neodesenvolvimentista
As cheias do rio Madeira e os impactos gerados à população de Rondônia por conta das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio recolocam o projeto neodesenvolvimentista do país em discussão e demonstram que o “Brasil
funciona como uma espécie de extensão da política industrial chinesa e,
por isso, cumpre a função que convém claramente a uma ordem
internacional dada, a qual o BRICS procura expressar”, adverte Luis Fernando Garzon à IHU On-Line.
Na entrevista a seguir, concedida por
telefone, o sociólogo explica as razões que levam o governo brasileiro a
investir na atual política energética baseada, essencialmente, na construção de hidrelétricas. Segundo ele, “o projeto dessas hidrelétricas era uma espécie de síntese empresarial que se escorava no governo Lula,
e esse pacto empresarial se traduziria, no final, em um pacto social de
mais crescimento e mais emprego em troca de territórios livres de
impedimentos. Ocorre que nesses territórios estão os rios, os minérios, o
petróleo”.
Para ele, a política brasileira está
“não só entregando recursos que podemos utilizar de formas diferenciadas
de acordo com os padrões tecnológicos que adquirimos, mas perdendo
lotes e blocos inteiros por décadas; essa é a grande questão”.
Garzon esclarece ainda
que “todos os instrumentos governamentais e internacionais, aos quais o
governo brasileiro vem se submetendo, impõem essa marcha forçada sobre
os territórios em processo de acumulação por espoliação”. Contudo,
adverte, o discurso político se apropriou do conceito de
sustentabilidade, e enfatiza a geração de novos empregos por conta dos
empreendimentos, levando a um processo de “despolitização” de parte da
população atingida. “Por isso, a população perde a referência de longo
prazo, referência dos interesses que estão em jogo. Um governo oriundo
das lutas populares como o PT, deveria, no mínimo, colocar o tema em discussão para que pudéssemos debater”, frisa.
Luis Fernando Garzon é graduado em Ciências Sociais e mestre em Ciências Políticas pela Universidade de Campinas - Unicamp. Atualmente é professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de Rondônia - UNIR. É membro da Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais.
Foto: colunas.revistaepoca.globo.com |
Confira a entrevista.
IHU On-Line - Que relações
estabelece entre a cheia histórica de 2014 no rio Madeira e as
hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau?
Luis Fernando Garzon – As cheias do Madeira foram uma espécie de “fresta”, de grande fissura em um modelo de apropriação acelerada dos rios Amazônicos como fontes de geração energética monopolisticamente definidas.
No Brasil se trata a Amazônia
como o planeta das águas, por conta da sua grande capacidade de
reservar e de disponibilizar água, mas, por trás desse discurso, se
permitem expansões desordenadas das fronteiras econômicas, de acordo com
a disponibilidade da região. A fronteira mineral, por exemplo,
prosseguiu e radicaliza a sua marcha territórios adentro em toda Amazônia, e o mesmo se repete com a fronteira elétrica.
O que é mais cínico nessa construção é que a Amazônia
já tinha passado por um ciclo que foi considerado desastroso nacional e
internacionalmente. Depois disso, era possível imaginar que nós,
brasileiros democratas, não permitiríamos que crimes e atrocidades
iguais aos da ditadura e crimes ambientais pudessem se repetir. Mas o Madeira
mostra que se repetiu a atrocidade. O mesmo método da ditadura militar é
reproduzido agora em um discurso democrático e participativo e produz
os mesmos efeitos desastrosos sobre os mesmos segmentos. A solução final
é recriada em constante e eterno retorno. As soluções finais são
recriadas, especialmente num país que quer se especializar em
apropriação e processamento de recursos naturais.
|
“É lamentável ver exatamente o fracasso de um Brasil que poderia ter sido” |
Há um financiamento em todos os níveis, em todas as esferas, ou seja, uma política deliberada sobre os desastres do neodesenvolvimentismo,
independente de qual segmento político e de que alianças
intercapitalistas e interempresariais esse segmento faria. O modelo
neodesenvolvimentista é um modelo matricial que nos foi dado por uma
trajetória de acoplamento, que vem a partir dos anos 1990 do mercado
internacional de forma passiva, seja no arranjo mais hemisférico em um
determinado período, isto é, norte-americano, seja em um processo mais
planetário, mais subalternizado, com ramificações na América do Sul, África e Brasil.
Nesse sentido, o Brasil funciona como uma espécie de extensão da política industrial chinesa e, por isso, cumpre a função que convém claramente a uma ordem internacional dada, a qual o BRICS procura expressar. Ou seja, trata-se de uma ordem em que o Brasil é um espelho. Esse é o modelo chinês, que a China
contrapõe ao velho imperialismo norte-americano, que vem sofrendo
reveses nos últimos decênios da decadência europeia. É muito triste ver o
Brasil ser jogado de um lado para outro. É lamentável ver exatamente o
fracasso de um Brasil que poderia ter sido.
Então, em horas de desastres, como das
cheias deste ano, temos de apontar esse modelo ao invés de fazer de
conta que ele não existe, como tentam demonstrar os acordos internos.
Que acordos são esses que impedem que se verifique com isenção e rigor
aquilo que produziu enormes e irreversíveis danos a regiões
consideradas, no discurso, regiões estratégicas de interesse nacional,
de grande valia, de diversidade, de preservação?
IHU On-Line – Importante essa
contextualização. Mas é possível afirmar que o complexo hidrelétrico
teve alguma influência direta nas cheias por conta de alguma influência
ambiental?
Luis Fernando Garzon – Essa contextualização que faço é para demonstrar que os estudos feitos para que fossem aprovados os empreendimentos do Madeira
partiam de um planejamento econômico stricto sensu, o qual o governo
Lula precisava demonstrar para os investidores — muito hábeis em investir em infraestrutura.
Isso porque a infraestrutura é a pauta geral, ou seja, todas as frações
do capital têm interesse em infraestrutura, porque ela é o “tiro de
largada” que permite a construção de estradas, portos, aeroportos,
ferrovias, hidrelétricas. Assim, o território brasileiro fica à
disposição das apostas daqueles que estão nesse mercado e querem ocupar
novas fronteiras no setor de matéria-prima.
Infelizmente, o Brasil é especializado em produtos primários, em converter biomas em elementos sintetizáveis e convertidos em mercadoria, em converter comunidades. As hidrelétricas do Madeira
foram uma espécie de sacrifício, porque há tempo estamos tentando
demonstrar como é falsa a tentativa de construir as hidrelétricas,
porque os estudos técnicos não resistiam a uma avaliação minimamente
rigorosa.
Internacionalização
O projeto dessas hidrelétricas era uma espécie de síntese empresarial que se escorava no governo Lula,
e esse pacto empresarial se traduziria, no final, em um pacto social de
mais crescimento e mais emprego em troca de territórios livres de
impedimentos. Ocorre que nesses territórios estão os rios, os minérios, o
petróleo. Ou seja, nós estamos não só entregando recursos que podemos
utilizar de formas diferenciadas de acordo com os padrões tecnológicos
que adquirimos, mas estamos perdendo lotes e blocos inteiros por
décadas; essa é a grande questão. O licenciamento do Madeira
é um fio que nos leva até o processo decisório do capitalismo
brasileiro que se internacionaliza subalternamente, mas se
internacionaliza.
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“O Banco do BRICS coloca a infraestrutura como prioridade de seus investimentos e aportes” |
Quem está em Jirau? A Suez, uma multinacional francesa, e a Odebrecht, a maior multinacional brasileira. Portanto, o Complexo do Madeira
demonstra o desastre social, ambiental e financeiro de um pacto
econômico político que ruiu e certamente está se repactuando. A questão é
que no final das contas quem paga pelos custos e pelos ajustes desses
pactos que são feitos e refeitos é a população, que foi desconsiderada
desde o início do projeto. Ou seja, nós não temos os seguros que os
senhores investidores do projeto têm. As populações que viviam em volta
do Rio Madeira, no Brasil e na Bolívia,
estão tendo de reconstruir suas vidas de uma forma absolutamente
radical: elas têm de conviver em áreas urbanas com suas famílias, em
situação de absoluta vulnerabilidade, para usar um termo aceitável.
IHU On-Line - Como o senhor avalia a reeleição da presidente Dilma tendo em vista tais projetos hidrelétricos?
Luis Fernando Garzon –
As hidrelétricas estão sendo construídas num contexto de despolitização e
de apropriação capitalista em bloco. Nas audiências públicas,
representantes do governo diziam que as usinas eram sinônimo de
empregos. Por isso, a população perde a referência de longo prazo,
referência dos interesses que estão em jogo. Um governo oriundo das
lutas populares como o PT, deveria, no mínimo, colocar o tema em discussão para que pudéssemos debater.
Então, o governo da presidente Dilma demonstra um enorme desejo de manter o sacrifício inicial feito pelo primeiro governo Lula, de estabelecer esse pacto neoliberal existente, que estava entrando em crise no final do governo de Fernando Henrique,
em troca de ter maior margem para ampliar políticas sociais. Foi feita
uma combinação que foi eficiente enquanto durou o ciclo de commodities.
IHU On-Line - O secretário geral
da presidência, Gilberto Carvalho, deu uma declaração pós-eleições
dizendo que o governo não vai abrir mão do complexo hidrelétrico do
Tapajós. Como vê essas declarações?
Luis Fernando Garzon – É triste. O Banco do BRICS coloca a infraestrutura como prioridade de seus investimentos e aportes. O Brasil também colocou o BNDES como suporte prioritário de seus programas de infraestrutura: o PAC3
e o programa integrado de logística. Então, todos os instrumentos
governamentais e internacionais, aos quais o governo brasileiro vem se
submetendo, impõem essa marcha forçada sobre os territórios em processo
de acumulação por espoliação. O Brasil virou especialista nisso.
|
“Nossa avaliação é de que em torno de 10 mil pessoas foram impactadas diretamente pelas hidrelétricas, e as cheias multiplicaram esse número para 50 mil” |
IHU On-Line - O projeto energético brasileiro está diretamente ligado ao BRICS, ou seja, é uma condição do BRICS?
Luis Fernando Garzon – É uma condição da China, primeiramente. Quando falamos BRICS, estamos diante do único país capaz de se contrapor à potência hegemônica dos Estados Unidos. Então, é como se nós estivéssemos no vazio da primazia norte-americana no final dos anos 1990 na região.
Em Porto Velho estamos
vivendo uma grande sobra: o que fazer com os 40 mil homens que vieram
construir as usinas? Não se pensa nas consequências, é como se injetasse
fatores de desorganização social e territorial e deixasse que esses
fatores aumentassem. No final, se repete a história da colonização de Rondônia: despejaram imigrantes do Centro-Sul em Rondônia e deixaram que a região se tornasse o estado que mais devastou a floresta Amazônica na história e, por isso, hoje lidera o ranking de queimadas. Nesse sentido, o Complexo do Rio Madeira reitera essa história trágica de ocupação de fronteiras com um discurso de participação e de sustentabilidade.
IHU On-Line – É possível estimar quantas pessoas foram prejudicadas por causa das cheias deste ano?
Luis Fernando Garzon – Nós fizemos uma contabilidade que apontou, em Rondônia,
mais de 50 mil pessoas afetadas. Nem todas foram afetadas pela água,
mas pelo isolamento, e não tiveram condições de permanecer no local.
A defesa civil fez um cálculo muito restrito e uma matemática muito medíocre. Em Rondônia as cheias atingiram três regiões do estado, a fronteira com a Bolívia e a região de Porto Velho. Então, a Defesa Civil
cumpriu com esse papel vergonhoso de converter os afetados em
desabrigados. Aquele que é afetado pelo modelo econômico vira, nas mãos
do Estado, agora um desabrigado, objeto de atenção e de ajuda
humanitária.
De imediato, foram retiradas três mil
famílias, as quais são reconhecidas oficialmente pelos estudos, mas há
um cálculo que se multiplica, apontando pessoas que não foram
contabilizadas. Por isso, nossa avaliação é de que em torno de 10 mil
pessoas foram impactadas diretamente pelas hidrelétricas, e as cheias
multiplicaram esse número para 50 mil. Isso significa que boa parte
dessa segunda contabilidade tem a ver com a primeira, e que justamente
os que já foram inicialmente afetados pelas hidrelétricas, foram
novamente afetados. E aqueles que estavam sob restrição, sob diminuição
de suas atividades produtivas relacionadas ao rio, não são reconhecidos
como atingidos.
Implicações ambientais
Estão barrando um enorme rio, que tem múltiplas vinculações com outros biomas,
com culturas, com cidades, e esse barramento não é calculado nesses
termos integrais. Calcula-se apenas aquilo que pode ser o dano mais
agudo, que tem de ser sanado e tratado da forma como a defesa civil
tratou, por exemplo. Então isso despolitiza as pessoas.
Tudo isso indica que existe um modelo de incorporação rápida da Amazônia, o qual tem a ver com a posição do Brasil em relação ao desenvolvimento. Por isso rediscutir a Amazônia é discutir a ponta do sistema que o Brasil
adotou. Estamos diante de um processo que procura tornar invisíveis os
laços de poder: os fios de decisão se tornam invisíveis e com isso fica
muito simples inviabilizar aqueles atores coletivos que tinham saber
sobre seu território e que poderiam transmitir o conhecimento
tradicional. Mas a ciência brasileira também chancelou esse modelo.
|
“Todos os instrumentos governamentais e internacionais, aos quais o governo brasileiro vem se submetendo, impõem essa marcha forçada sobre os territórios em processo de acumulação por espoliação” |
IHU
On-Line - Quais são as evidências de que há elevados níveis de
assoreamento no rio Madeira e que isso pode resultar em uma cheia de
proporções similares no próximo ano?
Luis Fernando Garzon –
Essa situação é preocupante em relação aos próximos anos. Já nos
indicaram que existe assoreamento no rio. Estudos foram realizados, mas
ainda não foram divulgados. Os movimentos sociais de Rondônia
e a academia independente dos laboratórios dos pesquisadores fazem uma
reivindicação para que estudos sejam feitos e divulgados.
De todo modo, não se trata de discutir
centímetros ou metros e taxas máximas de recorrência ou taxas mínimas de
recorrência. Trata-se de tentar entender que há um saber acumulado,
chamado “saber tradicional por convenção”, que percebeu uma mudança na
dinâmica das cheias. Mas isso não deve ser de interesse dos senhores
engenheiros, da Empresa Brasileira de Pesquisa Energética, do Ministério de Minas de Energia,
que têm interesses mais urgentes, como estamos vendo nas recentes
investigações policiais. Então, discutir planejamento territorial de
forma democrática com um grupo que tem práticas similares a grupos de
crime organizado é muito difícil. Nós lidamos com Camargo Corrêa de um lado e Odebrecht do outro. Então, dá para se ter uma ideia do que vai acontecer.
http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/537716-neodesenvolvimentismo-brasileiro-e-uma-marcha-forcada-sobre-os-territorios
http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/537716-neodesenvolvimentismo-brasileiro-e-uma-marcha-forcada-sobre-os-territorios
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
La enfermedad del poder !!
Se trata de un conjunto de conductas que la medicina no ha estudiado en profundidad hasta ahora, pero que algunos especialistas han desarrollado y analizado en diferentes libros.
- propensión narcisista a ver el mundo principalmente como un escenario donde ejercitar su poder y buscar la gloria
- preocupación desproporcionada por la imagen y la presentación
- una forma mesiánica de hablar de lo que están haciendo y una tendencia a la exaltación
- identificación de sí mismos con el Estado hasta el punto de considerar idénticos los intereses y perspectivas de ambos
- excesiva confianza en su propio juicio y desprecio del consejo y la crítica ajenos
- la creencia de que antes de rendir cuentas al conjunto de sus colegas o a la opinión pública, la Corte ante la cual deben responder es: la Historia o Dios
- inquietud, irreflexión e impulsividad
- pérdida de contacto con la realidad, a menudo unida a un progresivo aislamiento”, y “una obstinada negativa a cambiar de rumbo
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Hoy, la prestigiosa Royal Society of Medicine celebra un simposio en Londres para debatir sobre el síndrome de Hubris, desde una visión neurocientífica. Hubris es un concepto popularizado por el neurólogo y ex político británico David Owen, que lo llama “la enfermedad del poder”. Se trata de un conjunto de conductas que la medicina no ha estudiado en profundidad hasta ahora, pero que algunos especialistas han desarrollado y analizado en diferentes libros. Entre los síntomas que menciona Owen están los siguientes: “propensión narcisista a ver el mundo principalmente como un escenario donde ejercitar su poder y buscar la gloria”, “preocupación desproporcionada por la imagen y la presentación”, “una forma mesiánica de hablar de lo que están haciendo y una tendencia a la exaltación”, “identificación de sí mismos con el Estado hasta el punto de considerar idénticos los intereses y perspectivas de ambos”, “excesiva confianza en su propio juicio y desprecio del consejo y la crítica ajenos”, “la creencia de que antes de rendir cuentas al conjunto de sus colegas o a la opinión pública, la Corte ante la cual deben responder es: la Historia o Dios”, “inquietud, irreflexión e impulsividad”, “pérdida de contacto con la realidad, a menudo unida a un progresivo aislamiento”, y “una obstinada negativa a cambiar de rumbo”. Según Owen, en este conjunto de características bien se puede ver reflejada la fase maníaca de un trastorno del ánimo como lo es la bipolaridad.
Uno de los expositores de la Royal Society of Medicine contactó al periodista Nelson Castro para valorar sus aportes en esta temática y lo invitó a exponer sobre el caso de Cristina Fernández en las próximas temporadas del simposio, ya que el médico y periodista fue el primero en explicar este conjunto de síntomas en un mandatario en ejercicio, a diferencia de Owen y otros predecesores. Es decir que el caso de la Presidenta ya trasciende las fronteras. De hecho, Castro se comprometió a enviar la traducción de un artículo suyo en el diario Perfil sobre estos síntomas de CFK. Y el expositor inglés también le pidió ayuda y contactos en el mundo de la neurología para analizar la evolución de las marcas lingüísticas en los discursos de la Presidenta desde que asumió hasta ahora.
El síndrome de Hubris es aplicable a todo tipo de liderazgos, no sólo los políticos, sino también los empresariales, religiosos o sociales. Cualquier poder tiene el don de embriagar a quien lo ejerce y de desconectarlo de la realidad.
En su biografía no autorizada sobre la Presidenta, la periodista Laura Di Marco cita una frase que Máximo Kirchner habría dicho en el marco de la terapia cognitiva a la que se sometió Cristina tras la operación en la cabeza: “Mi vieja loca estuvo siempre”. Y concluye Di Marco: “La evaluación del equipo médico que asistió a Cristina habría llegado a un diagnóstico de cuatro puntos: hiperestrés, egocentrismo patológico, síndrome de Hubris, bipolaridad”. La terapia cognitiva postoperación, encabezada por el prestigioso neurólogo Facundo Manes, buscó determinar los factores de estrés en la rutina de la paciente, y concluyó que la hermana Gisele Fernández era uno de ellos: su estilo mandón y las constantes órdenes que le daba a Cristina y a los médicos de su equipo –colegas de ella– sacaban de quicio a la paciente, por lo que el consejo fue reducir al máximo el contacto entre hermanas. Pero hoy que Manes ya no atiende a la Presidenta, la hermana Gisele volvió a instalarse junto a ella en Olivos y es la persona con la que más horas pasa.
Interés mundial. Los expositores seleccionados por la Royal Society of Medicine no son los primeros en posar la lupa sobre Cristina. En diciembre del 2009, un cable del Departamento de Estado norteamericano –revelado por WikiLeaks– le preguntó a la embajada de su país en Buenos Aires sobre la “salud mental” y el “estado de ánimo” de Cristina y sobre la medicación que toma, lo que motivó un altercado bilateral.
Pero hay un documento anterior en el que los norteamericanos inquirían sobre el mismo asunto. El abogado Ricardo Monner Sans leyó ese paper de similares características a mediados del 2009, cuando participó de un congreso en Miami sobre políticas de transparencia. Hizo buenas migas con un funcionario del Departamento de Estado que hablaba un castellano fluido, y que le terminó preguntando lo siguiente:
–¿Usted la conoció a Cristina Fernández?
–No en persona –dijo Monner Sans.
El funcionario siguió:
–El Departamento de Estado tiene un informe sobre ella. Allí se habla de algún tipo de trastorno del ánimo.
–¿Se puede ver? –se interesó el abogado.
Al día siguiente, el funcionario del Departamento de Estado condujo a su nuevo amigo hasta su oficina en Miami. Le mostró un paper escrito en computadora y sin membrete. El título era obvio: “Cristina Fernández de Kirchner”. Y debajo decía: “Argentine Republic”.
–Léalo rápido y me lo devuelve –dijo el norteamericano.
El abogado se tomó diez minutos para analizarlo. El informe tenía una sola carilla, estaba redactado en inglés y constaba de un parte con apreciaciones médicas que se le hicieron ininteligibles. La segunda parte era más clara: hacía referencia a las “oscilaciones del ánimo” de la Presidenta y a una “personalidad digna de ser seguida por sus manifestaciones externas”, según el recuerdo de Monner Sans, quien no pudo evitar comentarles el episodio a sus amigos.
- propensión narcisista a ver el mundo principalmente como un escenario donde ejercitar su poder y buscar la gloria
- preocupación desproporcionada por la imagen y la presentación
- una forma mesiánica de hablar de lo que están haciendo y una tendencia a la exaltación
- identificación de sí mismos con el Estado hasta el punto de considerar idénticos los intereses y perspectivas de ambos
- excesiva confianza en su propio juicio y desprecio del consejo y la crítica ajenos
- la creencia de que antes de rendir cuentas al conjunto de sus colegas o a la opinión pública, la Corte ante la cual deben responder es: la Historia o Dios
- inquietud, irreflexión e impulsividad
- pérdida de contacto con la realidad, a menudo unida a un progresivo aislamiento”, y “una obstinada negativa a cambiar de rumbo
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Hoy, la prestigiosa Royal Society of Medicine celebra un simposio en Londres para debatir sobre el síndrome de Hubris, desde una visión neurocientífica. Hubris es un concepto popularizado por el neurólogo y ex político británico David Owen, que lo llama “la enfermedad del poder”. Se trata de un conjunto de conductas que la medicina no ha estudiado en profundidad hasta ahora, pero que algunos especialistas han desarrollado y analizado en diferentes libros. Entre los síntomas que menciona Owen están los siguientes: “propensión narcisista a ver el mundo principalmente como un escenario donde ejercitar su poder y buscar la gloria”, “preocupación desproporcionada por la imagen y la presentación”, “una forma mesiánica de hablar de lo que están haciendo y una tendencia a la exaltación”, “identificación de sí mismos con el Estado hasta el punto de considerar idénticos los intereses y perspectivas de ambos”, “excesiva confianza en su propio juicio y desprecio del consejo y la crítica ajenos”, “la creencia de que antes de rendir cuentas al conjunto de sus colegas o a la opinión pública, la Corte ante la cual deben responder es: la Historia o Dios”, “inquietud, irreflexión e impulsividad”, “pérdida de contacto con la realidad, a menudo unida a un progresivo aislamiento”, y “una obstinada negativa a cambiar de rumbo”. Según Owen, en este conjunto de características bien se puede ver reflejada la fase maníaca de un trastorno del ánimo como lo es la bipolaridad.
Uno de los expositores de la Royal Society of Medicine contactó al periodista Nelson Castro para valorar sus aportes en esta temática y lo invitó a exponer sobre el caso de Cristina Fernández en las próximas temporadas del simposio, ya que el médico y periodista fue el primero en explicar este conjunto de síntomas en un mandatario en ejercicio, a diferencia de Owen y otros predecesores. Es decir que el caso de la Presidenta ya trasciende las fronteras. De hecho, Castro se comprometió a enviar la traducción de un artículo suyo en el diario Perfil sobre estos síntomas de CFK. Y el expositor inglés también le pidió ayuda y contactos en el mundo de la neurología para analizar la evolución de las marcas lingüísticas en los discursos de la Presidenta desde que asumió hasta ahora.
El síndrome de Hubris es aplicable a todo tipo de liderazgos, no sólo los políticos, sino también los empresariales, religiosos o sociales. Cualquier poder tiene el don de embriagar a quien lo ejerce y de desconectarlo de la realidad.
En su biografía no autorizada sobre la Presidenta, la periodista Laura Di Marco cita una frase que Máximo Kirchner habría dicho en el marco de la terapia cognitiva a la que se sometió Cristina tras la operación en la cabeza: “Mi vieja loca estuvo siempre”. Y concluye Di Marco: “La evaluación del equipo médico que asistió a Cristina habría llegado a un diagnóstico de cuatro puntos: hiperestrés, egocentrismo patológico, síndrome de Hubris, bipolaridad”. La terapia cognitiva postoperación, encabezada por el prestigioso neurólogo Facundo Manes, buscó determinar los factores de estrés en la rutina de la paciente, y concluyó que la hermana Gisele Fernández era uno de ellos: su estilo mandón y las constantes órdenes que le daba a Cristina y a los médicos de su equipo –colegas de ella– sacaban de quicio a la paciente, por lo que el consejo fue reducir al máximo el contacto entre hermanas. Pero hoy que Manes ya no atiende a la Presidenta, la hermana Gisele volvió a instalarse junto a ella en Olivos y es la persona con la que más horas pasa.
Interés mundial. Los expositores seleccionados por la Royal Society of Medicine no son los primeros en posar la lupa sobre Cristina. En diciembre del 2009, un cable del Departamento de Estado norteamericano –revelado por WikiLeaks– le preguntó a la embajada de su país en Buenos Aires sobre la “salud mental” y el “estado de ánimo” de Cristina y sobre la medicación que toma, lo que motivó un altercado bilateral.
Pero hay un documento anterior en el que los norteamericanos inquirían sobre el mismo asunto. El abogado Ricardo Monner Sans leyó ese paper de similares características a mediados del 2009, cuando participó de un congreso en Miami sobre políticas de transparencia. Hizo buenas migas con un funcionario del Departamento de Estado que hablaba un castellano fluido, y que le terminó preguntando lo siguiente:
–¿Usted la conoció a Cristina Fernández?
–No en persona –dijo Monner Sans.
El funcionario siguió:
–El Departamento de Estado tiene un informe sobre ella. Allí se habla de algún tipo de trastorno del ánimo.
–¿Se puede ver? –se interesó el abogado.
Al día siguiente, el funcionario del Departamento de Estado condujo a su nuevo amigo hasta su oficina en Miami. Le mostró un paper escrito en computadora y sin membrete. El título era obvio: “Cristina Fernández de Kirchner”. Y debajo decía: “Argentine Republic”.
–Léalo rápido y me lo devuelve –dijo el norteamericano.
El abogado se tomó diez minutos para analizarlo. El informe tenía una sola carilla, estaba redactado en inglés y constaba de un parte con apreciaciones médicas que se le hicieron ininteligibles. La segunda parte era más clara: hacía referencia a las “oscilaciones del ánimo” de la Presidenta y a una “personalidad digna de ser seguida por sus manifestaciones externas”, según el recuerdo de Monner Sans, quien no pudo evitar comentarles el episodio a sus amigos.
domingo, 16 de novembro de 2014
MOOLAADE
Los hombres aferrados a una antigua tradición religiosa no sólo se
enfrentan a unas cuantas mujeres decididas a salvar a sus hijas del
peligro de la operación, sino también a otro grupo de hombres y mujeres
que lo consideran una barbaridad.
La película no se limita a mostrar el horror de la mutilación genital femenina, también ofrece una ambiciosa declaración política de cómo se moldea la libertad de las mujeres en una sociedad.
Por primera vez en una película africana, hay escenas sexualmente explícitas que ilustran la agonía física y mental de la ablación.
Ousmane Sembene, uno de los directores africanos más aclamados y el primero que fue reconocido internacionalmente (Premio Jean Vigo), intenta, a través de esta película, alertar a la comunidad internacional acerca de un ritual que no sólo se practica en África.
La película no se limita a mostrar el horror de la mutilación genital femenina, también ofrece una ambiciosa declaración política de cómo se moldea la libertad de las mujeres en una sociedad.
Por primera vez en una película africana, hay escenas sexualmente explícitas que ilustran la agonía física y mental de la ablación.
Ousmane Sembene, uno de los directores africanos más aclamados y el primero que fue reconocido internacionalmente (Premio Jean Vigo), intenta, a través de esta película, alertar a la comunidad internacional acerca de un ritual que no sólo se practica en África.
sábado, 15 de novembro de 2014
Las 10 estrategias de manipulación mediática
Noam Chomsky ·
1. La estrategia de la distracción.
El
elemento primordial del control social es la estrategia de la
distracción, consiste en desviar la atención del público de los
problemas importantes y de los cambios decididos por las élites
políticas y económicas, mediante la técnica del diluvio o inundación
continua de distracciones e informaciones insignificantes. La
estrategia de la distracción es indispensable para impedir al público
interesarse por los conocimientos esenciales, en el área de la ciencia,
la economía, la psicología, la neurobiología y la cibernética. ”Mantener
la Atención del público distraída, lejos de los problemas sociales de
verdad y cautivada por temas sin importancia real. Mantener al público
ocupado, ocupado, ocupado, sin tiempo para pensar; de vuelta a la granja
como los otros animales (cita del texto ‘Armas silenciosas para guerras
tranquilas)”.
2. Crear problemas y después ofrecer las soluciones.
Este
método también es llamado “problema-reacción-solución”. Se crea un
problema, una “situación” prevista para causar la reacción en el
público, a fin de que éste sea el mandante de las medidas que se desea
hacer aceptar. Por ejemplo: dejar que se desenvuelva o se intensifique
la violencia urbana, u organizar atentados sangrientos, a fin de que el
público sea el demandante de leyes de seguridad y políticas en perjuicio
de la libertad. O por ejemplo: crear una crisis económica para hacer
aceptar como un mal necesario el retroceso de los derechos sociales y el
desmantelamiento de los servicios públicos.
3. La estrategia de la implantación gradual.
Para
hacer que se acepte una medida inaceptable, basta aplicarla
gradualmente, poco a poco, por años consecutivos. Es de esa manera que
condiciones socioeconómicas radicalmente nuevas (neoliberalismo) fueron
impuestas durante las décadas de 1980 y 1990: Estado mínimo,
privatizaciones, precariedad, flexibilidad, desempleo en masa, salarios
que ya no aseguran ingresos decentes, tantos cambios que hubieran
provocado una revolución si hubiesen sido aplicadas de una sola vez.
4. La estrategia de diferir.
Otra manera de hacer aceptar una decisión impopular es la de presentarla como “dolorosa y necesaria”, obteniendo la aceptación pública, en el momento, para una aplicación futura. Es más fácil aceptar un sacrificio futuro que un sacrificio inmediato. Primero, porque el esfuerzo no es empleado inmediatamente. Luego, porque el público, la masa, tiene siempre la tendencia a esperar de forma ingenua que “todo irá mejorar mañana” y que el sacrificio exigido podrá ser evitado. Esto da más tiempo al público para acostumbrarse a la idea del cambio y de aceptarla con resignación cuando llegue el momento.5. Dirigirse al público de forma infantil.
La mayoría de la publicidad dirigida al gran público utiliza discurso, argumentos, personajes y entonación particularmente infantiles, muchas veces próximos a la debilidad, como si el espectador fuese una criatura de poca edad o deficiente mental. Cuanto más se intente buscar engañar al espectador, más se tiende a adoptar un tono infantilizante. ¿Por qué? “Si uno se dirige a una persona como si tuviese la edad de 12 años o menos, entonces, en razón de la sugestionabilidad, ella tenderá, con cierta probabilidad, a una respuesta o reacción también desprovista de un sentido crítico como la de una persona de 12 años o menor aun (ver “Armas silenciosas para guerras tranquilas”)”.6. Utilizar el aspecto emocional más que la reflexión.
Hacer uso del aspecto emocional es una técnica clásica para causar un corto circuito en el análisis racional, y finalmente al sentido critico de los individuos. Por otra parte, el uso del registro emocional permite abrir la puerta de acceso al inconsciente para implantar o injertar ideas, deseos, miedos y temores, compulsiones, o inducir comportamientos…7. Mantener al público en la ignorancia y en la mediocridad.
Hacer que el público sea incapaz de comprender las tecnologías y los métodos utilizados para su control y su esclavitud. “La calidad de la educación dada a las clases sociales inferiores debe ser la más pobre y mediocre posible, de forma que la distancia de la ignorancia que planea entre las clases inferiores y las clases sociales superiores sea, y permanezca, imposibles de alcanzar para las clases inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranquilas)”.8. Estimular al público a ser indulgente con la mediocridad.
Promover al público a creer que es moda el hecho de ser estúpido, vulgar e inculto…9. Reforzar la autoculpabilidad.
Hacer creer al individuo que es solamente él el culpable por su propia desgracia, por causa de la insuficiencia de su inteligencia, de sus capacidades, o de sus esfuerzos. Así, en lugar de rebelarse contra el sistema económico, el individuo se autodesvalida y se culpa, lo que genera un estado depresivo, uno de cuyos efectos es la inhibición de su acción. Y, sin acción, no hay revolución!10. Conocer a los individuos mejor que ellos mismos.
En el transcurso de los últimos 50 años, los avances de la ciencia han generado una creciente brecha entre los conocimientos del público y aquellos conocimientos poseídos y utilizados por las élites dominantes. Gracias a la biología, la neurobiología y la psicología aplicada, el “sistema” ha disfrutado del conocimiento avanzado del ser humano, tanto de forma física como psicológica. El sistema ha conseguido conocer mejor al individuo común de lo que él se conoce a sí mismo. Esto significa que, en la mayoría de los casos, el sistema ejerce un gran control y mayor poder sobre los individuos, es mas, mayor que el de los individuos sobre sí mismos.http://www.mbctimes.com/espanol/las-10-estrategias-de-manipulacion-mediatica
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
domingo, 9 de novembro de 2014
Is the New World Order Extreme Socialism or Totalitarian Capitalism?
By Grant J. Kidney / grantjkidney.com
I give a little chuckle each time I hear one label the New World Order a push toward world socialism- if only such were the case.
The New World Order is a dangerous conclave of far right mad men who wish to see but two classes of people in the world - the haves and the have-nots. Theirs is a game to instate neo-feudalism, and with so many countries now going bankrupt and most of the world’s wealth being funneled straight to the top of the artificial pyramid, how can this reality be ignored?
Is Obama really a socialist?
Many New World Order conspiracy theorists say that Barack Obama is a damned socialist working overtime to turn the United States into a damned socialist country. Obama is labeled a ‘Robin Hood’ sort of figure, one who steals from the rich and who gives to the poor.
But ask yourself- when was the last time you got a check in the mail from the federal government with funds having been stolen from Goldman Sachs or Bank of America?
The truth is that Obama is a reverse Robin Hood who is working to plunge the United States into economic armageddon. He is an austerity king here to do the job that the big banks are performing all over the world - looting treasuries, cutting pensions, cutting safety nets- essentially ransacking all that has been called civilization for the past century.
In Europe, folks aren’t rioting because their ‘damned’ socialist governments are becoming more socialist! Nay, folks are up in arms in places such as Greece and in Spain because of the imposition of extreme, right-wing austerity measures that are curtailing all of the economic rights once labeled a cornerstone in many European societies.
The far right manipulators: distorting truth for gain
So where does this, ‘the world is becoming more socialist by the day’ sentiment come from? Answer, the far right.
Not only has the far right succeeding in calling the New World Order a socialist plot, but they’ve also spawned such institutions like that of the Tea Party in the United States to fight tooth and nail for less and less taxes upon the greedy, ultra-wealthy sons of bitches who’ve elevated themselves to the level of ‘god-kings’ over all the Earth.
The elite controllers of the planet want to rule over a bunch of poor serfs- its as simple as that. And how does this happen? Easy- take away the economic rights of the people- roll back civilization a hundred or so years and claim such genocidal cuts to the budget are ‘healthy’ all the whilst not once touching defense or military spending.
The elite might also want to carve up such places like that of the U.S. into tiny micro-states thereby keeping us divided and hence much easier to conquer. And wouldn’t you know- the far right is also demanding secession along with less and less taxes upon the titans of finance capital.
The socialist New World Order argument just falls to pieces when one takes a good, hard look at what’s actually happening in the world. The middle class has been vanquished. The rich have gotten richer. And if one seriously believes those at the bottom of the totem pole- in other words, the welfare people- are living the ‘high life’ all thanks to the ‘socialism’ that Obama has created in this country, one is seriously mistaken.
How does working at McDonalds and receiving a handful of food stamps each month equate to Donald Trump style living?
http://www.filmsforaction.org/news/is_the_new_world_order_extreme_socialism_or_totalitarian_capitalism/
La tecnica guida del mondo sostituirà tutte le ideologie
Qualsiasi governo è destinato ad essere superato dal potere dell’innovazione. L’umanità del futuro risponderà solo al soddisfacimento degli scopi
di Emanuele Severino
Alcuni mesi fa ho pubblicato sul «Corriere della Sera» un articolo: «Il destino della tecnica, battere le ideologie» (29 luglio). Il suo destino è cioè di porsi alla guida dei popoli: diventare tecnocrazia. Il presidente Renzi ha ribadito, anche in questi giorni, il suo rifiuto della tecnocrazia nostrana ed europea e il primat o della politica. Nei due casi, che sembrano contraddirsi, la parola «tecnocrazia» ha però un significato profondamente diverso. Avevo chiarito l’equivoco anche alla fine del governo Monti («Corriere», 19 gennaio 2013), che voleva essere «governo tecnico» proprio nel senso a cui Renzi si riferisce volendosene però distanziare. La tecnica destinata a dominare il mondo è abissalmente diversa dalla tecnica dei «governi tecnici».
La politica diventerebbe grande politica se lo capisse. Il capo del governo dice di non interessarsi delle «ideologie», ma di voler risolvere i problemi concreti dell’economia e della società italiana. Ma uno dei tratti caratteristici della tecnica che i «governi tecnici» si propongono di valorizzare è appunto questo: il disinteresse per la gestione ideologica dei problemi. Il disinteresse di Renzi procede dunque in direzione di quella gestione tecnologica dei problemi alla quale egli crede di voltare le spalle. Ma a questo punto va anche detto che sia un «governo tecnico» come quello di Monti (o quello che si ritiene oggi dominante in Europa), sia un «governo politico-non tecnico», come quello che Renzi intende promuovere, sono chiaramente e robustamente ideologici. C’è bisogno di ricordare che anche il capitalismo è un’ideologia? Sì, nonostante tutto ce n’è un gran bisogno! Il capitalismo non è la «legge naturale eterna» dei rapporti economici.
Nonostante la crisi attuale, esso è l’ideologia vincente in grandi aree del Pianeta, ma non per questo i suoi principi (ad esempio autonomia e libertà dell’individuo, proprietà privata, uso della merce per aumentare il profitto, dipendenza dei consumi della gente e della ricchezza delle nazioni dall’iniziativa privata) sono verità assolute. Ebbene, sia i «governi tecnici», sia i governi «politici non tecnici» oggi in circolazione si propongono di adottare le misure più idonee per guarire il capitalismo dalla malattia che lo sta affliggendo: per guarire ciò che è percepito come la dimensione che da ultimo determina e configura i rapporti sociali e la stessa sorte dei governi. Che quindi — siano di destra oppure di sinistra — si combattono in famiglia. L’ideologia capitalistica stabilisce pertanto anche il modo in cui la tecnica deve essere usata e usata anche dai «governi tecnici». Sì che, in quanto regolata dal capitalismo, anche la tecnica è un’ideologia. In Italia, poi, tutti quei tipi di governo sono chiaramente e robustamente delle ideologie anche perché, oltre ad esser guidati dall’economia di mercato, sentono fortemente l’influenza dell’ideologia della Chiesa cattolica. Se poi si rifiuta la tecnocrazia e si vuole che alla guida della società stia la politica, allora il carattere ideologico dell’esecutivo cresce ulteriormente, perché la politica stessa (la politica come «arte» politica) è ideologia. Ho osservato altre volte che un agire economico è capitalistico solo se, oltre ad un insieme di altri fattori, è un agire a rischio (tanto che nel rischio la scienza economica individua uno dei principali motivi che giustificano il profitto e la sua entità); e il rischio caratterizza in modo essenziale anche la decisione di credere in un’ideologia. Ma quanto si sta dicendo del carattere rischioso dell’intrapresa capitalistica va detto anche della politica in quanto tale.
Il politico rischia come l’imprenditore. Le sue decisioni non sono garantite da una competenza tecno-scientifica, anche se la tecno-scienza fornisce alla politica i mezzi con cui essa può realizzare le proprie decisioni. Sono decisioni a rischio; quindi eminentemente ideologiche. Si può osservare che queste considerazioni sono ben poco utili a risolvere i problemi attuali, come ad esempio quello della regolamentazione del lavoro. Ma se i popoli non pensano di essere alla fine della loro esistenza, allora, ancora più decisivi dei «problemi attuali» e «concreti» sono quelli relativi alla direzione verso cui il mondo sta andando. Appunto rispetto a questo tema si fa avanti il carattere decisivo della differenza abissale tra la tecnica quale oggi si presenta sul Pianeta e ciò che essa è destinata a diventare: tecnocrazia. Un termine, questo, da intendere tuttavia in senso del tutto diverso da quello in cui la tecnocrazia è stata concepita a partire da Saint-Simon, e poi da Thorstein Veblen fino alle analisi curate da Hansfried Kellner e da Frank W. Heuberger. In queste prospettive si ignora l’inevitabilità del processo (indicato anche in quei miei articoli) in cui la tecnica, da mezzo delle ideologie che intendono servirsene per realizzare i loro scopi, diventa il loro scopo e dunque le domina — una tematica, questa, che è stata apprezzata anche da Fabrizio Pezzani, professore di Programmazione e controllo nelle pubbliche amministrazioni all’Università Bocconi (È tutta un’altra storia, Università Bocconi Editore, 2013). Inoltre, le forme di sapienza della tradizione obiettano alla tecnocrazia quale è comunemente intesa che non tutto ciò che essa può fare è lecito farlo; e la tecnica, come tale, non possiede oggi una risposta capace di risolvere l’obbiezione. Infatti la risposta adeguata presuppone che la tecnica sia capace di ascoltare e di capire la voce dell’essenza (peraltro tendenzialmente nascosta) della filosofia degli ultimi due secoli, che mostra l’impossibilità dell’esistenza di Limiti assoluti all’agire umano e quindi all’agire tecnico — giacché solo la filosofia, non la scienza, può mostrare tale impossibilità e autorizzare la destinazione della tecnica al dominio. Va richiamato anche un ulteriore motivo di tale destinazione.
La gestione della produzione industriale è ideologica (capitalistica o spuria come quella cinese o araba). Servendosi della tecnica per realizzare i propri scopi, tale gestione sta distruggendo la Terra. Oggi si riconosce che questo è il pericolo maggiore per l’umanità. Ma la gestione ideologica dell’economia, distruggendo la Terra, distrugge se stessa. Quindi o va incontro all’autodistruzione, oppure, per evitarla, assume come scopo la capacità della tecnica di produrre energie alternative non inquinanti. Rinuncia cioè ai propri scopi. E anche in questo caso va incontro all’autodistruzione. Alla guida dell’agire del mondo si pone la tecnica, l’ideologia vincente che sostituisce il capitalismo alla guida del mondo e ha come scopo l’incremento indefinito della capacità di realizzare scopi. L’ultimo Dio.
http://www.corriere.it/cultura/14_novembre_01/tecnica-guida-mondo-sostituira-tutte-ideologie-1063196c-61d8-11e4-8446-549e7515ac85.shtml
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
Tehuelches no, Mapuches si???
martes, 4 de noviembre de 2014
del blog de Javier Cornejo
http://argentinavorticegeopoliticomundial.blogspot.com.br/2014/11/tehuelches-no-mapuches-si.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=facebook
Tehuelches no, Mapuches si??? SIGUE EL AVANCE ANGLOMAPUCHE POR NUESTRO PETRÓLEO
Por: Gabriel
Martinez
Neuquén: la justicia provincial le reconoció personería jurídica a un grupo de mapuches en Campo Maripe. Conclusión: de acuerdo a instrumentos legales extranjeros como el Convenio 169 de la OIT, YPF queda subordinada a los dictados de gente que no se siente argentina, que recibe orientación y ya sabemos qué más de Inglaterra, y todos los argentinos no mapuches, que son más del 99% de la población, quedan discriminados al no recibir el tratamiento preferencial que se les da a ellos en su carácter de "pueblo originario". ¿Qué recursos petroleros puede administrar una comunidad cualquiera formada por argentinos descendientes de españoles, italianos, croatas o lo que sea? En cambio, por ser de determinadas "etnias", la justicia ya parece reconocer privilegios.
Como decía Nicolás Avellaneda, "DENTRO DE LA NACIÓN ARGENTINA NO
HAY NADA MÁS GRANDE QUE LA NACIÓN ARGENTINA".
Indigenismo mapuche: uno de los arietes del desmembramiento nacional argentino
Tenemos el
raro privilegio de ser el campo de acción y aplicación de tecnologías de ingeniería
social de sofisticadas inteligencias imperiales, para resguardar la geografía sur
americana y antártica en su propio beneficio.
Príncipe Antonio IV
Investido como Nuevo Jefe del Reino de Araucania y Patagonia
Reino de Araucanía y Patagonia – Portal Mapuche
Príncipe Antonio IV Investido como Nuevo Jefe del
Reino de Araucania y Patagonia
Comunicado de Prensa – 10 de enero, 2014
Ayer, 9
de enero se efectúo en La Chèze, Chourgnac D’Ans, Tourtoirac, Francia, la
reunión del Consejo de Regencia del Reino de Araucanía y Patagonia. La
sesión fue convocada por el Príncipe Regente Felipe de Lavalette, designado por
el fallecido Príncipe Felipe de Araucanía y Patagonia en su testamento
político. La función principal del Regente fue facilitar la transición del
poder al nuevo Príncipe.
El
Consejo de Regencia, durante su sesiones, eligió por unanimidad a Su
Excelencia Barón Jean-Michel Parasiliti di Para, Duque de San Pedro de
Hueyusco y Presidente del Consejo del Reino como el sucesor del fallecido
Príncipe, quien estará al frente de la Casa Real bajo el nombre de Príncipe
Antonio IV de Araucanía y Patagonia.
___________________________
SAR
Principe Antonio IV de Araucania y Patagonia
|
El Portal
Mapuche del Reino de Araucanía y Patagonia felicita calurosamente a su
Excelencia Barón Jean-Michel Parasiliti di Para por su alta investidura y por
la toma de posesión como Príncipe Antonio IV del Reino de Araucanía y
Patagonia, después de más de 40 años al servicio de la Casa Real.
Para
nuestra organización es motivo de gran satisfacción este nombramiento y le
deseamos todo lo mejor en la dura tarea que tiene por delante. Ha sido también
un gran regocijo tener conocimiento de que su bisabuelo estaba relacionado con
el primer soberano del Reino, Aurelio-Antonio 1º, el cual fue condecorado por
sus servicios, en la década del 1870, con la Orden de la Corona de Acero.
Asimismo, también nos congratulamos conocer que su abuelo fue ministro de
estado durante el real gobierno provisional de la Reina Laure-Thérèse de
Araucanía y Patagonia. Esto es una clara muestra de la tradición y el
compromiso familiar en el apoyo de la causa de la Casa Real del Reino de
Araucanía y Patagonia.
Los
antecedentes arriba mencionado nos proporciona una gran confianza por la
continuidad de actuación de sus antecesores, y de que la antorcha de la
independencia y la libre determinación que levantaron las autoridades
ancestrales del pueblo Mapuche, junto con el abogado Orélie-Antoine de Tounens,
está vigente y de que sus objetivos siguen adelante proyectándose
invariablemente hacia el futuro con la lealtad y la determinación demostrada
por todos los monarcas del Reino que, a pesar de los obstáculos, levantaron y
siguen levantando en alto la bandera de libertad del Pueblo Mapuche y otros
pueblos originarios del Cono Sur de América.
Reino de Araucanía
y Patagonia
El Reino
de Araucania y Patagonia fue fundado el 17 de noviembre de 1860, en una
Asamblea Constituyente conocida como Futa Kolloj, por las
autoridades del pueblo mapuche y el abogado de origen francés –naturalizado
mapuche- Orélie Antoine de Tounens. El evento contó con la participación de más
de 3000 delegados mapuche y de otros pueblos indígenas integrantes de las
cuatro jurisdicciones territoriales que la formaban. Durante la asamblea se
aprobó la Constitución y se eligió a Orélie Antoine de Tounens como el Soberano
del Reino Mapuche. A pesar que la invasión chilena y argentina se produjo, la
legalidad del Reino constitucional sigue indiscutiblemente vigente.
___________________________
Para
obtener informaciones sobre Portal Mapuche, por favor escribir a/o visitar los
sitios que se indican abajo:
e-mail: portal.mapuche.rap@gmail.com
Tel: +44-(0)117 927 9391
e-mail: portal.mapuche.rap@gmail.com
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1860 Mapa geográfico del Reino de Araucania y Patagonia.
Este mapa refleja la realidad geográfica de la nación Mapuche en los momentos de la fundación del Reino de Araucanía y Patagonia (RAP).
El Reino de Araucanía y Patagonia fue fundado el 17 de noviembre de 1860 por las máximas autoridades mapuches y el ciudadano francés –naturalizado mapuche- Orélie-Antoine de Tounens.
En ese período histórico, los mapuches y otros pueblos indígenas mantenían una heroica resistencia contra las sistemáticas embestidas militares de los nacientes estados de Argentina y Chile, que conspiraban expandir sus territorios.
La desigualdad armamentista, motivada por la introducción de armamento moderno por parte de ambos estados, obligó al pueblo mapuche a dar prioridad a medidas diplomáticas para solucionar el conflicto.
El arte de la diplomacia, que a los mapuches no les era ajeno y en cuya destreza estaban bien versados, fue percibido como uno de los recursos para evitar el uso de la fuerza. Fue entonces cuando se decidió la adopción de un sistema de gobierno de acuerdo a los estándares internacionales, para así conseguir el reconocimiento internacional de su independencia, que sin lugar a dudas era primordial para seguir manteniendo la integridad territorial, su independencia y libertad.
Previo a la adopción de un sistema de gobierno constitucional, la independencia de la nación mapuche le había sido reconocida por la Corona de España en el Tratado de Quillin, el 6 de enero de 1641. Dicho tratado delimitó la frontera entre ambos pueblos, siendo posteriormente ratificada en una treintena de tratados bilaterales. Ello permitió que tanto el tratado como la frontera permanecieran vigentes durante todo el periodo colonial de España en el continente Sudamericano.
Los nacientes estados de Argentina y Chile también reconocieron inicialmente la frontera establecida con España. La celebración de tratados por ambos estados con la Nación Mapuche y la fortificación de la frontera es un claro testimonio de la actitud asumida en relación con la realidad geográfica existente.
En 1860, el territorio de la nación Mapuche, y otros pueblos indígenas, se extendía desde los ríos Bío-Bío en el Gulumapu (Chile) y Colorado en el Puelmapu (Argentina) al extremo sur del continente sudamericano. La soberanía territorial de la Nación Mapuche incluía todas las islas adyacentes situadas en los océanos Pacífico y Atlántico, incluyendo las islas Malvinas.
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Algunos críticos del mapa del gobierno monárquico sostienen que los mapuches no habitaban Tierra de Fuego, es cierto, pero tampoco los winkas (blancos); los habitantes de aquella remota región eran conocidos por los mapuches como los Reche o Rekeche (son todos gente o gente pura). Para los mapuches estas comunidades indígenas eran sus peñi (hermanos) que tenían mucho más en común con los mapuches que con los winkas (extranjeros) que los iban a esclavizar, arrebatarles su territorio, cazarlos como animales y finalmente exterminarlos como efectivamente sucedió. Extracto del artículo: Reseña Histórica Jurídica de la Nación Mapuche
Este mapa refleja la realidad geográfica de la nación Mapuche en los momentos de la fundación del Reino de Araucanía y Patagonia (RAP).
El Reino de Araucanía y Patagonia fue fundado el 17 de noviembre de 1860 por las máximas autoridades mapuches y el ciudadano francés –naturalizado mapuche- Orélie-Antoine de Tounens.
En ese período histórico, los mapuches y otros pueblos indígenas mantenían una heroica resistencia contra las sistemáticas embestidas militares de los nacientes estados de Argentina y Chile, que conspiraban expandir sus territorios.
La desigualdad armamentista, motivada por la introducción de armamento moderno por parte de ambos estados, obligó al pueblo mapuche a dar prioridad a medidas diplomáticas para solucionar el conflicto.
El arte de la diplomacia, que a los mapuches no les era ajeno y en cuya destreza estaban bien versados, fue percibido como uno de los recursos para evitar el uso de la fuerza. Fue entonces cuando se decidió la adopción de un sistema de gobierno de acuerdo a los estándares internacionales, para así conseguir el reconocimiento internacional de su independencia, que sin lugar a dudas era primordial para seguir manteniendo la integridad territorial, su independencia y libertad.
Previo a la adopción de un sistema de gobierno constitucional, la independencia de la nación mapuche le había sido reconocida por la Corona de España en el Tratado de Quillin, el 6 de enero de 1641. Dicho tratado delimitó la frontera entre ambos pueblos, siendo posteriormente ratificada en una treintena de tratados bilaterales. Ello permitió que tanto el tratado como la frontera permanecieran vigentes durante todo el periodo colonial de España en el continente Sudamericano.
Los nacientes estados de Argentina y Chile también reconocieron inicialmente la frontera establecida con España. La celebración de tratados por ambos estados con la Nación Mapuche y la fortificación de la frontera es un claro testimonio de la actitud asumida en relación con la realidad geográfica existente.
En 1860, el territorio de la nación Mapuche, y otros pueblos indígenas, se extendía desde los ríos Bío-Bío en el Gulumapu (Chile) y Colorado en el Puelmapu (Argentina) al extremo sur del continente sudamericano. La soberanía territorial de la Nación Mapuche incluía todas las islas adyacentes situadas en los océanos Pacífico y Atlántico, incluyendo las islas Malvinas.
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Algunos críticos del mapa del gobierno monárquico sostienen que los mapuches no habitaban Tierra de Fuego, es cierto, pero tampoco los winkas (blancos); los habitantes de aquella remota región eran conocidos por los mapuches como los Reche o Rekeche (son todos gente o gente pura). Para los mapuches estas comunidades indígenas eran sus peñi (hermanos) que tenían mucho más en común con los mapuches que con los winkas (extranjeros) que los iban a esclavizar, arrebatarles su territorio, cazarlos como animales y finalmente exterminarlos como efectivamente sucedió. Extracto del artículo: Reseña Histórica Jurídica de la Nación Mapuche
Condes ingleses mapuches y deuda externa
EL INDIGENISMO DE GRAN
BRETAÑA
Por
Javier Cornejo
Artículo
publicado en el diario El Tribuno el 14 de junio de 2010
El 2009 estuvo marcado por el
posicionamiento insular del Imperio Británico en Malvinas. Desde el 1 de enero
de 2009, cuando empezaron la vigencia de la Constitución de las Falklands y el
eficiente artillado del sector, hasta el arribo de la plataforma Ocean
Guardian, se sucedieron ininterrumpidamente los actos concretos de dominio.
En este 2010, de agudización
de la crisis monetaria europea, y ante el inminente colapso financiero de Gran
Bretaña, el Imperio apura los pasos para consolidar su dominio en el sur
americano. Por ello, acelera el proceso de fragmentación de la geografía
argentina.
Con vocación de
reivindicaciones territoriales, volcada a costumbres ancestrales, salvaguarda
de idiomas mapuche, guaraní, quichua, los habitantes de donde se hablan dichas
lenguas (SUR, NEA y NOA) autodenominados «pueblos originarios», apuntalados por
la Iglesia Anglicana (que ya forma parte del Vaticano), transitan el camino
hacia el intento de la creación de nuevas naciones dentro de la República
Argentina.
Se amparan en el articulado
de la ONU referido a la «libre determinación de los pueblos». Tal es lo
ocurrido con Malvinas.
Mapuches
«made in England»
El proceso se encuentra
particularmente acelerado en el sur argentino.
El 23/3/2000 por el Tratado
Minero Argentino Chileno se creó un virtual
Estado en la región andina,
que se denomina Área de Operaciones, con financiamiento y legislación (a través
de reglamentaciones) dependientes de las empresas transnacionales de la Corona
Británica.
En tal proceso de succión de
nuestros recursos naturales y control de las cuencas de agua potable,
participan en la creación de la Nación Mapuche de un Estado Inglés. Como
inglesas son sus autoridades.
Su página en la red es: www.mapuche-nation.org; El
domicilio 6, Lodge Street, Bristol, Inglaterra; y El teléfono +44-117-9279391.
Su bandera es celeste, verde
y roja e incluye un sol, con cuatro divisiones con cruces pampas.
Sus autoridades son:
secretario general, Reinaldo Maniqueo; asistente, Nina Dean; secretario, Gerald
Confer; tesorero, Colette Linehan; y administradora, Madeline Stanley. Su
equipo legal está integrado por James Watson, Gillian Melville y Tanya Roberts
Davis; mientras que el de Derechos Humanos lo encabeza Rachel Dixon-Warren.
En
San Luis
El Gobierno de la Provincia
de San Luis no es ajeno a la situación. Lo demuestra en su lema, «San Luis,
otro país», y en sus actos. Ya crearon un municipio denominado Nación Pueblo
Ranquel (término no permitido por nuestra Constitución, ya que Nación es sólo
la Argentina). La provincia se encuentra en una acelerada transformación de su
administración, educación, tecnología digital de punta, etcétera, y es asistida
por el poderoso auxilio financiero del Grupo Petersen, liderado por el
financista «K» Enrique Eskenazi.
La
sombra de Calfucurá
Es preciso destacar que los
que se auto titulan «mapuches» no tienen origen argentino. Son los que en 1830,
encabezados por el carnicero cacique Juan Calfucurá, emborracharon y asesinaron
a los verdaderos caciques y con los fusiles Remington proporcionados por los
ingleses exterminaron a los verdaderos pueblos originarios: puelches, tehuelches,
ranqueles, pampas y guenekes. Hoy reclaman territorios que nunca les
pertenecieron y pretenden instalar «otra nación» con una justicia y legislación
comunitaria que subvierta nuestro orden constitucional y organización nacional.
En las regiones NOA y NEA ya comenzaron a dar pasos en igual sentido. En
Bolivia los ayllus, por aplicación de la «justicia indígena», ya torturaron y
lincharon a más de 30 personas desde 2009 (El Tribuno 11/06).
Tenemos el
raro privilegio de ser el campo de acción y aplicación de tecnologías de
ingeniería social de sofisticadas inteligencias imperiales, para resguardar la
geografía sur americana y antártica en su propio beneficio.
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